O Prolata iniciou o trabalho de organização do layout no ano passado e ficou muito bom. Foi uma mudança geral, tanto do espaço físico (antes os materiais ficavam todos desorganizados no chão, o pessoal trabalhava todo mundo junto), quanto da formação dos cooperados (agora eles desenvolvem melhor o serviço).

O bom é que esse é um trabalho contínuo, e sempre tem alguma coisa pra gente aprender ou mudar. Não ganhamos só com a organização, mas as palestras também vêm nos ajudado bastante.

A equipe da Prolata sempre esclarece as nossas dúvidas, acho que isso ajudou a não termos dificuldades para os cooperados comprarem a ideia. Eu também converso muito com eles e eles entendem o que é bom ou não para o grupo. A adequação do layout impactou na quantidade de material comercializado e na nossa renda. Foi um trabalho muito bom, porque quanto mais a gente produzir mais a gente ganha, e o trabalho foi feito pensando nisso.

A Prolata e a Recicle a Vida já tinham iniciado um trabalho lá atrás, em 2014. Nesta época, a cooperativa trabalhava com pouca sucata, que era vendida para sucateiros. Então a Prolata apareceu, oferecendo um trabalho direto com a siderúrgica, o que foi bom naquele momento principalmente porque não tínhamos nenhum projeto.

Nós confiamos no programa desde o início porque a proposta de parceria foi explicada de uma forma muito clara, além de contarmos com um representante do programa que trabalhou toda a questão da comercialização direta com a siderúrgica, identificou as nossas necessidades e nos auxiliou inclusive a nos organizarmos como cooperativa.

Com isso passamos a enxergar mais valor na sucata de aço e nos destacamos na coleta desse material. Só que para crescer ainda mais e auxiliar as outras cooperativas de Brasília precisávamos fazer com que a sucata fosse armazenada em um único local, para aumentar o seu valor agregado. E a Prolata veio novamente ao nosso auxílio realizando a doação do caminhão para que nós pudéssemos fazer o serviço de coleta de aço em outras cooperativas.

Agora compramos uma caçamba para auxiliar no processo e estamos avançando para nos profissionalizar e nos tornarmos cada vez mais independentes. Sabemos que esta é a melhor forma de conseguirmos um preço justo pelo material e ainda colaborar com as cooperativas locais que ainda não estão tão estruturadas quanto nós.

O Prolata não é um projeto de assistencialismo, é um projeto que diz “vou te dar a vara e o anzol e você aprende a pescar”, e é isso que nós queremos.

A Vitória do Belém já possuía o laudo de PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) mas não o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).

Desde o início da parceria o programa vem oferendo à cooperativa diversas formas de apoio, então quando foi proposto realizar essa ação de Saúde e Segurança no Trabalho, aceitamos porque sabíamos que seria algo bom.

O investimento em PPRA e PCMSO veio para somar à doação dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) porque além de proteger o cooperado contra possíveis acidentes de trabalho, foi muito positivo ter o acompanhamento de profissionais trabalhando diretamente com cada um dos cooperados. Alguns queriam fugir dos exames, por medo, mas no fim foi bem tranquilo, todos acabaram colaborando.

Depois da realização dos exames, quatro cooperados descobriram problemas de audição, o que reforça a importância do uso do protetor auricular na nossa profissão, e outro acabou descobrindo que estava com anemia e passou a se cuidar melhor.

Hoje temos parceria apenas com programas que nos trazem benefícios reais, por isso continuamos com o Prolata.